quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Epopéia até um encontro de amor (*)

No teu cabelo, um arrebol
Rompendo uma nova aurora
Sinto o cheiro, um girassol

Como os guerreiros ao mar,
Brado a vida a pensar
Lanço o navio ao oceano
A vela é o meu amar
O vento sopra sem engano
A Vida é bela porque Há,
A caminho de um novo mundo
Sentindo o vento profundo,
Com a cor do teu canto, ando
E à prôa eu me coloco
A lembrar que estás em prantos.


Nem Ulisses, nem Teceu
Nem Aquiles, nem mesmo eu...
Podem tirar a beleza plantada
Dentro dos seios teus.

Chegando a um mar remoto
Sinto a brisa cálida,
Óh mãos gélidas da saudade,
Cuide bem da minha amada.

Trabalho, toda semana
Lutando por teras novas,
Lembro do que se emana
Do vento em tuas covas

Se o navio corre a bailar,
Em todos os sete mares
Precisa mais de mil homens
Todos pensand’en’lares

É o sangue que corre o barco
É o combustível que enlaça o guerreiro
É o laço que se faz laço
E não amarra um forasteiro

São amores mais antigos que a guerra
São temores de não retornar à casa
Que asilam desde o começo da Terra
São sustentos que vôam reto
Acima, e firme ao chão
Não podendo vagar incerto
Caminhando com o coração.

Vejo terra, vejo vida nova, esmera
Virando nossa vitória
Penso em minha amada bela
O verdadeiro dia da glória
É o dia que retornar à ela
A Casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário