Choro de um trovador
Das águas na noite, ao teu corpo profundo
Penso desde a realidade, até as coisas do mundo
O barco parte sozinho, hei de me preparar
Para entrar no mistério e uma história começar.
A lua clareia o reflexo n’água, e as estrelas dão o rumo.
Companheiros a remar, e eu vivo a cantar,
Guerreiro poeta, penso na amada e sumo
Já não estou nesse mundo, estou no alto amar.
A saudade peito adentra, a espada pesa o cabo
O fri da noite une corações apertados
Sei que pensa em mim amor,
Lembre sempre da nossa flor.
Flor que fita os cabelos, num belo enfeite
Dei a tí como presente, para remediar a dor
Quando a falta for tentar amargar o vosso leite
Que prepara ao futo do nosso grande amor.
Meu futuro em sua barriga me dá vontade de voltar,
Mas o que posso fazer, entrando no meio do mar
Guarnição, pra não morrer, é o que Deus pode dar
E agora na lembrança, paro exato de cantar.
Recordando velhos tempos, me coloco a chorar.
Antes de nossa história, quando ví os teus cabelos
E já premetí uma flor lá colocar
Depois mais adiante já me ponho a tirar
A linda rosa do chão, para contigo combinar.
Vejo a luta no agora, a batalha a me secar
Vejo a vida, vejo a glória no ato de nos casar
Vejo a gente ainda criança, brincando de namorar
Vejo o beijo, na lembrança, firmando o nosso amar
Já me vejo, em depois, treinando para lutar
Vejo o choro, no arroz, quando fomos conversar.
E a falta na minha porta,
O doce to deu olhar...
Vejo o cabelo, vejo a volta
De quando vou retornar
Vejo a festa, das crianças,
Brincando quando chegar
Vejo a cama, na lembrança
A qual eu vou me deitar.
Brado a noite, estrelada
A qual vem me colocar
Nas estrelas, minha amada
‘’Um dia eu vou voltar’’.
A Deus peço: ‘’Não a morte’’.
Um dia quero chegar,
Vivo eu, vivo você... Sorte.
Todos poder bailar.
Será uma alegria a qual vamos dar suporte
Amor, a saudade dói...
Mas sempre vou te amar.
Me deseje boa sorte,
da ventura poder cantar.
A vida se faz como um norte
um trovador põe-se a cantar.
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